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Salário de profissional qualificado sobe até 30%


 

Falta de mão de obra qualificada faz empresas de diversos segmentos reajustarem as remunerações de profissionais que são raros no mercado

15 de agosto de 2011 | 23h 00


Ligia Tuon, do Jornal da Tarde
SÃO PAULO - O salário do trabalhador brasileiro com qualificação, ou seja, nível superior, está até 30% mais alto este ano na comparação com 2010. Isso é o que indica pesquisa da empresa de recrutamento especializado Robert Half. As áreas que se mostram mais valorizadas são jurídica, tecnologia da informação (TI), engenharia, marketing e vendas, finanças e contabilidade e mercado financeiro.
"Em 2009, vivemos um período influenciado pela crise mundial. Em 2010, tivemos uma grande melhora, com mais contratações e crescimento na economia. E as valorizações refletem essa recuperação", explica o diretor de operações da Robert Half, em São Paulo, Fernando Mantovani.
A maior valorização, de 30%, conforme o levantamento, foi para o setor jurídico. Depois vem o mercado financeiro, com 25%, e finanças e contabilidade, engenharia e TI, com 20%. O estudo indica que quanto maior a experiência do profissional, mais serão exigidas habilidades como integração com as linhas de negócios, visão estratégica, foco em resultados e perfil analítico para vislumbrar oportunidades, o que reflete em melhores remunerações.
Mantovani explica que o aquecimento do mercado é generalizado. "É difícil escolher só uma função dentro das citadas que seja mais procurada. Todos os segmentos estão contratando profissionais", diz .
O segredo é especialização. "Quanto mais específico é o conhecimento do profissional, mais valorizado será", afirma o presidente do portal trabalhando.com, Renato Grimberg. "Um exemplo é que não dá para um engenheiro se formar com cursos."
Mesmo com a crise econômica nos Estados Unidos e na Europa, as previsões são positivas. "Enquanto não houver profissionais na velocidade que o mercado absorve, o salário vai subir. E a perspectiva para os próximos dois anos ainda é de salários ainda mais valorizados", prevê Grimberg.
A necessidade do mercado por engenheiros é a mais urgente. "Temos o programa habitacional do governo, ‘Minha Casa, Minha Vida’, a todo o vapor, o aumento da base de crédito para os consumidores, que têm mais condições de financiar a casa própria, construtoras vendendo como nunca, rodovias sendo construídas, projetos para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos, em 2016", acrescenta Mantovani.
"Como não há engenheiros suficientes no mercado, as empresas acabam aumentando o valor dos salários para atrair mão de obra qualificada", explica Ivan Carlos Witt, presidente da Steer Recursos Humanos.
Já o mercado financeiro exige um aumento na mão de obra na área de exatas. "Essa é a maior carência desse mercado", diz Witt. "Além disso a área financeira pede pessoas de confiança e qualificadas, para poder administrar questões de investimentos e aplicações", completa a professora do núcleo de gestão de pessoas da ESPM, Adriana Gomes.
Formada em marketing, Vivian Paulino, de 26 anos, notou o aquecimento da sua área e trocou de emprego este ano para ganhar 30% mais. "Cada vez mais empresas, geralmente novas no mercado, estão percebendo a importância de alguém especializado para trabalhos específicos de divulgação", conta a trabalhadora. "Comecei até a fazer uma pós graduação para me especializar mais."

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